(Paulo Robson)
Minha arma é a calma
Pra matar o tempo
E esperar o momento
Da euforia passar
Ouvir um acalanto
Que seja alto mas nem tanto
E num encanto
Ver o sereno chegar
Do agito que esvazia
Noutro remanso
Forja a calmaria
Pra bem longe descansar
Minha ciência está na paciência
No repouso da consciência
No estar bem e sentir paz
De tão Zen que me refaz
Numa pressa que se foi
Na correria nem se via
A folia da criança que sorria
E o senhor que disse: Oi!
Devagar pra eternizar
Um instante de segundo
Pra divagar pelo mundo
Ser etéreo sem se afugentar
Não satisfaço o apego
Não fico, permaneço
Aproveito o sossego
Só pra ver a alma sossegar
Escritos no Verso
Páginas
Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Trovador
(Paulo Robson)
Desejo sentir nessas ondas
A vontade de ficar e não de partir
Escutar poesias de um trovador
Ou ser feliz de verdade e aprendiz da razão
Ou ser feliz de mentira e ter o mundo nas mãos
Será que nunca menti por que quis ser o melhor
Será que eu sempre senti que não sou sempre o maior
Pra ficar e medir um pouco mais
A saudade ir embora sem chorar
Onde o jardim floresce por isso peço perdão
Onde o ódio padece abri o meu coração
Pra ficar e sentir um pouco mais
A vontade de te esperar na proxima estação
Desejo sentir nessas ondas
A vontade de ficar e não de partir
Escutar poesias de um trovador
Ou ser feliz de verdade e aprendiz da razão
Ou ser feliz de mentira e ter o mundo nas mãos
Será que nunca menti por que quis ser o melhor
Será que eu sempre senti que não sou sempre o maior
Pra ficar e medir um pouco mais
A saudade ir embora sem chorar
Onde o jardim floresce por isso peço perdão
Onde o ódio padece abri o meu coração
Pra ficar e sentir um pouco mais
A vontade de te esperar na proxima estação
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Tênis
Flaygner Matos (23/12/2011)
Saberemos o que é saudade
Quando em fim a hora chegar
No momento em que eu estiver aqui
E você me mandar um beijo daí
Saberemos o que é distância
Quando o telefone não resolver
Saberei o que é perder
Quando noutros braços você estiver
Enquanto amarro o tênis
Sinto que deveria calçar sapatos
Enquanto meus discos forem arte
Sinto que deveriam ser emoção
No tempo em que sozinho
Parecia ser possível resolver
O pequeno resto de solidão
Sinto em você um distante coração
Saberemos o que é saudade
Quando em fim a hora chegar
No momento em que eu estiver aqui
E você me mandar um beijo daí
Saberemos o que é distância
Quando o telefone não resolver
Saberei o que é perder
Quando noutros braços você estiver
Enquanto amarro o tênis
Sinto que deveria calçar sapatos
Enquanto meus discos forem arte
Sinto que deveriam ser emoção
No tempo em que sozinho
Parecia ser possível resolver
O pequeno resto de solidão
Sinto em você um distante coração
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Nicolas Winton
Flaygner Matos (22/12/2011)
Definiu um novo rumo ao acaso
Da grande guerra que estava por vir
Fez florir um novo sentido à vida
Deu vida nova após centenas de despedidas
Encontrar um motivo para ser diferente
O fez ir muito mais longe
Do que poderia imaginar
Salvou pequenas vidas
Em silêncio fez mais que muitos
A criatividade lhe fez herói
O silêncio lhe guardou momentos de Glória
Salvou peles marcadas para morrer
E você o que faz pra
ser melhor
Pra ser mais pelos
outros
O que faz para ser um
pouco de Deus?
No que tem acreditado?
Faça mais
Tente mais
Erga os braços
E crie seu próprio
herói
Estenda mais as mãos ao ver
Que ali pode estar quem mais precisa
Lute por algo que lhe dê mais vida
Deixe um pouco de lado a ostentação
Seu prêmio não precisa ser uma casa em piso duplo
Ou uma cobertura na melhor construção
Não tem que ter um carro como passaporte
Seja mais, seja mais humano
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Todas as flores
(Paulo Robson)
Todas as flores que não dei pra ti
Todos os amores que não vivi
E o tempo não volta mais
Todas as graças das quais não sorri
Todas as mentiras que não menti
E a vida não volta mais
Mas há quem duvide que gostei de te ver
Não fiz o que faz me arrepender
Todos os caminhos que não percorri
Todas as provas das quais desisti
E as forças padecem em paz
Todas as mágoas por quais não chorei
Todas as lutas que não lutei
E os filhos tornam-se pais
Nem pense que ainda poderá voltar
Daqui pra frente sua vida é recomeçar
Nem peça um gole da minha cerveja
Tudo que li espalhei pela mesa
Tentei esquecer os erros mas sei que estou errado
Releve o que disse não quero ser injustiçado
Todas as flores que não dei pra ti
Todos os amores que não vivi
E o tempo não volta mais
Todas as graças das quais não sorri
Todas as mentiras que não menti
E a vida não volta mais
Mas há quem duvide que gostei de te ver
Não fiz o que faz me arrepender
Todos os caminhos que não percorri
Todas as provas das quais desisti
E as forças padecem em paz
Todas as mágoas por quais não chorei
Todas as lutas que não lutei
E os filhos tornam-se pais
Nem pense que ainda poderá voltar
Daqui pra frente sua vida é recomeçar
Nem peça um gole da minha cerveja
Tudo que li espalhei pela mesa
Tentei esquecer os erros mas sei que estou errado
Releve o que disse não quero ser injustiçado
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