(Paulo Robson)
Todas as flores que não dei pra ti
Todos os amores que não vivi
E o tempo não volta mais
Todas as graças das quais não sorri
Todas as mentiras que não menti
E a vida não volta mais
Mas há quem duvide que gostei de te ver
Não fiz o que faz me arrepender
Todos os caminhos que não percorri
Todas as provas das quais desisti
E as forças padecem em paz
Todas as mágoas por quais não chorei
Todas as lutas que não lutei
E os filhos tornam-se pais
Nem pense que ainda poderá voltar
Daqui pra frente sua vida é recomeçar
Nem peça um gole da minha cerveja
Tudo que li espalhei pela mesa
Tentei esquecer os erros mas sei que estou errado
Releve o que disse não quero ser injustiçado
Páginas
Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.
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