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Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

No mesmo lugar


(Flaygner Matos em 05-12-2011)

Foi voltando ao mesmo lugar
Que encontrei você
Encostada e sob o sol
Sorriu ao me notar

Lembro então do teu sorriso
Enfrento as dores mais leves
Enfrento as dores mais fortes
Pois com você tudo é mais simples

Sei que você é tudo do pouco que me completa
Que sua vida sem mim é abismo
Que a minha sem você é sacrifício
Num ato ou dor pareço suicídio

Pareço pouco de um quase nada
Mas sou Ser grande de asas
Sei ser eu mesmo quando quero
Ou esquecer de mim se me desespero

Seus cabelos ainda são os mesmos
O que deixei está no mesmo lugar
Entendo as coisas que me diz
De uma forma mais sensata e feliz

Agora temos mais uma criança
Sorrisos à espera de Beatriz
Apertos, sorrisos, ciúmes de Ellis
Encontro nas lágrimas a alegria que me faz feliz

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