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Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aquelas meninas


(Flaygner Matos em 28-11-2011)

Onde estão aquelas meninas?
Cultas, não óbvias
Impulsoras da modalidade humana
Onde posso vê-las desfilar?

Onde quer que eu vá
Vejo meninas dispersas, sem sonhos
Num cavalo branco, o status ou poder
Tiranos as podem ter

E onde andam as meninas?
Aquelas que sonhávamos
Sorridentes em gargalhadas honestas
Maduras, inteligentemente discreta?

Onde vai a humanidade
Sem as meninas maduras, dinâmicas?
A quem apetecer o masculino
A quem a química ou o instinto?

Carruagens caras
Desfiles de uma pompa rica
Ostentar suas vaidades
São seus novos sonhos

Onde estarão as meninas
Aquelas meninas de prece?
Quem serão as novas meninas
Convertidas ao que lhes oferecem?

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