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Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Breve Humanidade

(Paulo Robson)

Uma breve existência da humanidade
Que vive na aparência de eternidade
E viverá dias de sorte
A implorar vida à morte

Somos sóbrios de coragem
Aflitos por ambição
Ébrios de mentiras
Que partem o coração

Somos Deus, somos uno e a criação

Anuncio nas canções
A falsa vitória
Em deixar pra depois a lenda de glória
O que o ódio faz é a guerra

Uma semente da dor

Homens sem casa
Sonhos sem asa
Jardins sem flor
Sob um céu de calor

Você sem o sol da manhã
De um amanhã que se foi

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