(Paulo Robson)
Uma breve existência da humanidade
Que vive na aparência de eternidade
E viverá dias de sorte
A implorar vida à morte
Somos sóbrios de coragem
Aflitos por ambição
Ébrios de mentiras
Que partem o coração
Somos Deus, somos uno e a criação
Anuncio nas canções
A falsa vitória
Em deixar pra depois a lenda de glória
O que o ódio faz é a guerra
Uma semente da dor
Homens sem casa
Sonhos sem asa
Jardins sem flor
Sob um céu de calor
Você sem o sol da manhã
De um amanhã que se foi
Páginas
Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.
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