(Paulo Robson)
Teu penteado me fascina
Tua boca me alucina
Te desejo, te adoro
Finjo que te ignoro
Porque um dia tu me terás
Tua presença de desejos
Nos meus olhos os teus beijos
Só há beleza no teu espelho
Há sedução no batom vermelho
Com o qual tu me beijarás
Mas tu teimas em dizer que não me quer
Não aceito viver outra mulher
Fica comigo esta noite e não te arrependerás
O teu corpo de menina
O teu olhar me assassina
Me despertas o ciúme
Ah! Teus cabelos, teu perfume
Espalham a libido pelo ar
Quanta dor sem te ter
Dói tanto, tanto sem jeito
Da flor que te dei
Há um espinho cravado no peito
Mas verás que sou eu
O homem que nasceu para ti
Para te amar
Páginas
Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.
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