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Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Folhas de Outono

(Paulo Robson)

Lindos versos escritos no verso
Daquele recado que mandei para ti

O meu luxo seria ser bruxo
Fazer uma porção e te possuir

Tua face é um lindo disfarce
Da fera que mora dentro de ti

Enquanto folhas de outono vêm me avisar
Que a qualquer hora a morte pode chegar
Enfrento dores deveras
Na primavera vendo as flores me abraçar

Vivo assim um Carpe Diem
Um dia bom, outro ruim
Céu nublado vem me avisar
O saber que o sol vai brilhar de novo pra mim

Nos meu livros vi o teu nome
Junto ao meu nome, me fez sorrir

O teu cheiro, cheio de cor
tinha sabor e pude tocar

Tuas palavras sempre tão raras
Tão puras, tão caras pra me contentar


Enquanto folhas de outono vêm me avisar
Que a qualquer hora a morte pode chegar
Enfrento dores deveras
Na primavera vendo as flores me abraçar

Lembro de ti, formas claras
Formas raras, formas de encanto
Vem sustentar o meu pranto
Que ainda hoje brota de mim
Por temer o fim.








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