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Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mais um trago

(Flaygner Matos e Fredy Matos)

Mais um trago de uma frase não pensada
Mal formada, me foi dada
Ao som do meu silêncio

Mais um gole de veneno
Preparado com um ódio tão pequeno, mas ameno
De uma lágrima que caiu

Mais um corte de pensamento
Ainda escuro e obscuro
Clareado quando a luz se acendeu.

Ah!
Enquanto a sede não seca a garganta
Enquanto a dúvida não muda a amizade
Enquanto traição não paga com vingança
Eu vou tentando apagar minhas lembranças

Mais um sopro de uma vela
Tão calada e tão dormente
Quando a alma deixa o corpo

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