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Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Jaz

(Flaygner Matos)

Já não sei se é hora de partir ou de chegar
Pois se Deus ali no céu já se encontra...
Já não quero mais saber da paz, perder o gás
Pois minha paz está na guerra ao meu redor

Chega de forçar a trabalhar
Naquilo que não acredito
Pois se a vida continua a estacionar
Não vou morrer por isso

Quero a chance de olhar pra trás, morrer em paz
Pois se o vento já levou minha alma, jaz!
Não suporto a dor perto de mim, um pensamento assim
Que me leva ao pior lugar do mundo

Quero levantar minha alma então, sair do chão
Deixar pra trás o demônio que afundou o mundo

Quero levantar então
Ou poder sonhar em vão
Vou lamber os pões do mundo
Vou fingir que o mundo é mudo

Quero levantar então
Ou poder sonhar em vão
Vou lamber os pões do mundo
Vou fazer do escuro escudo

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