(Flaygner Matos)
Já não sei se é hora de partir ou de chegar
Pois se Deus ali no céu já se encontra...
Já não quero mais saber da paz, perder o gás
Pois minha paz está na guerra ao meu redor
Chega de forçar a trabalhar
Naquilo que não acredito
Pois se a vida continua a estacionar
Não vou morrer por isso
Quero a chance de olhar pra trás, morrer em paz
Pois se o vento já levou minha alma, jaz!
Não suporto a dor perto de mim, um pensamento assim
Que me leva ao pior lugar do mundo
Quero levantar minha alma então, sair do chão
Deixar pra trás o demônio que afundou o mundo
Quero levantar então
Ou poder sonhar em vão
Vou lamber os pões do mundo
Vou fingir que o mundo é mudo
Quero levantar então
Ou poder sonhar em vão
Vou lamber os pões do mundo
Vou fazer do escuro escudo
Páginas
Lindos versos escritos no verso daquele recado que mandei para ti, mas fui censurado. Censurado pela falta de espaço em meus cadernos e pela falta de bytes em meu computador. O palco estava pequeno, enquanto meu mundo particular virara infinito, transbordavam letras, dizeres, versos e trovas. Quero zero de empecilhos para publicar o que percebemos, o que sentimos, o que musicamos e provocamos. A transitoriedade da vida não nos permite ficar inertes enquanto vivemos, logo produzimos. A inquietude que nos caracteriza produz obras que camuflam a referida efemeridade e nos fazem eternos. Nossas obras, enfim todas as obras mundo afora, não são para ficarem escondidas, tímidas e acuadas. Elas precisam do ar, do vento, do sobro e do colo da liberdade para viajarem e permitirem aos outros se deliciarem, ou mesmo cuspirem um pouco delas, mas, enfim, experimentá-las com total despretensão e sem censura. Com plena Censura Zero. Este é o nosso espaço.
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